Relâmpagos aquecem violentamente o ar ao seu redor. O ar atinge temperaturas máximas de cerca de até 30.000 °C em cerca de 10 microssegundos, com densidade de 1.020 elétrons por m3. O ar aquecido se expande e essa expansão gera uma onda de choque supersônica em poucas centenas de metros e, em distâncias maiores, gera uma onda sonora intensa que se afasta do canal em todas as direções. Estas ondas são os trovões.
Trovões produzidos por relâmpagos no solo tem, tipicamente, um máximo de intensidade em torno de 50-100 Hz; já os produzidos por relâmpagos nas nuvens têm um máximo de intensidade em torno de 20-30 Hz. Próximo do relâmpago, o som assemelha-se a intenso estalo e pode causar danos ao ouvido humano. Distante do relâmpago, o som assemelha-se a um estrondo grave relativamente fraco. A duração típica de um trovão é de 5 a 20 segundos. A maioria dos trovões tem estrondos e estalos porque o canal é torto, fazendo com que ondas de som cheguem ao observador em diferentes instantes e direções.
Trovões produzidos por relâmpagos no solo podem ser escutados até distâncias de 20 km. Trovões produzidos por relâmpagos nas nuvens são similares àqueles produzidos por relâmpagos no solo, porém são mais fracos. Parte da energia acústica do trovão está concentrada em frequências abaixo daquelas que o ouvido humano pode escutar - poucas dezenas de Hz. Esta parte é chamada de trovão infrassônico e provavelmente está associada com mudanças na energia eletrostática dentro da nuvem após a ocorrência de um relâmpago.
O trovão pode ser usado para calcular qual a distância de um relâmpago nuvem-solo em relação a uma pessoa. A partir do momento em que você enxerga o clarão, conte os segundos até escutar o trovão. Divida o número em segundos por três e você terá a distância aproximada do relâmpago em quilômetros. O erro médio associado com este método é de 20%. Finalmente, se você enxergar o clarão e não escutar o trovão, o relâmpago provavelmente caiu a mais de 20 km de você.