O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do INPE desenvolve pesquisas sobre eletricidade atmosférica por meio de técnicas experimentais, modelos numéricos e estudos teóricos. Ênfase é dada à pesquisa sobre relâmpagos no Brasil. Entre os principais resultados já obtidos, destacam-se:
Primeiras observações de raios com câmeras rápidas do hemisfério Sul
Imagens de câmaras que registram até 8.000 frames por segundo mostram em detalhes etapas da formação de um raio. Dão origem a diversos estudos e servem para avaliar o desempenho de outras técnicas já conhecidas.
Primeiro mapa da densidade de raios no país
Este mapa foi obtido em 2002 a partir da comparação de dados de satélites e sensores no solo coletados entre 1998 e 2001. É o primeiro mapa da atividade de raios no país obtido a partir de dados de raios, diferentemente do mapa ceráunico, feito a partir da observação do trovão nas décadas de 1970 e 1980.
Primeira observação de sprites no Brasil
Esta observação foi feita em 2002 no sudeste do país, em colaboração com universidades americanas. Os dados mostram que o fenômeno é comum na presença de tempestades que se formam com a chegada de frentes frias durante o verão.
Primeira evidencia do aumento da incidência de raios em grandes centros urbanos
Estudos publicados pelo ELAT analisam dados de 1910 a 2010 e mostram de forma clara o aumento da incidência de raios em grandes centros urbanos, tais como São Paulo, Belo Horizonte, Campinas e Manaus. A maior frequência de raios é atribuída ao aumento de temperatura (ilhas de calor) e da poluição.
Primeiro raio artificial gerado no hemisfério Sul
O raio foi criado em 23 de novembro de 2000, durante uma tempestade local no entardecer, a partir de projeto de colaboração com instituições brasileiras, francesas e canadenses.