Medidas da radiação eletromagnética gerada pelo relâmpago tiveram início na década de 1920 e é a técnica mais usada no estudo de relâmpagos até hoje. Com o passar dos anos, esta técnica foi sendo aprimorada por medidas numa larga faixa de frequência que se estende desde poucos hertz até centenas de mega-hertz.
Os atuais sistemas de detecção de relâmpagos são baseados na medida da radiação eletromagnética gerada pelo fenômeno, por um conjunto de sensores distribuídos no solo em uma adequada configuração. Dependendo da frequência da radiação medida, diferentes aspectos dos relâmpagos podem ser investigados. Sistemas na faixa de ondas VLF (de até dezenas de quilo-hertz utilizam como princípio a coincidência no tempo da ocorrência do relâmpago como registrado em diferentes sensores, denominado método do tempo de chegada, e permitem monitorar com poucos sensores as regiões de dimensões continentais, embora sua informação se restrinja à ocorrência do relâmpago.
Sistemas na faixa de VLF/LF (de dezenas a centenas de quilohertz) utilizam como princípios tanto a coincidência no tempo da ocorrência do relâmpago como a direção de chegada da componente magnética da radiação conhecida como método da direção magnética. Eles permitem obter informações mais detalhadas sobre o relâmpago, mas cobrem uma área menor com o mesmo número de sensores de um sistema em VLF- algumas centenas de milhares de quilômetros quadrados.
Já sistemas na faixa de VHF (dezenas a centenas de mega-hertz utilizam a coincidência no tempo de ocorrência do relâmpago, ou um princípio denominado interferometria, que se baseia na diferença de fase da radiação em diferentes sensores e, embora monitorem regiões bem menores (da ordem de dezenas de milhares de km2) com o mesmo número de sensores, permitem mapear o canal do relâmpago em três dimensões - nos outros sistemas, o fenômeno é visto como um único ponto.
Sistemas na faixa de VHF que utilizam o princípio da coincidência no tempo da ocorrência do relâmpago também são aplicados.