Relâmpagos também possuem um papel importante sobre a dinâmica da magnetosfera. Os “sferics” gerados pelos relâmpagos propagam-se pela atmosfera e, ao penetrarem na magnetosfera, transformam-se em diferentes tipos de ondas conhecidas como whistlers ou hiss plasmasférico.
Os “whistlers” possuem um espectro típico na faixa de ELF e VLF e propagam-se ao longo das linhas de campo magnético. O hiss plasmasférico, por sua vez, tem um caráter de um ruído na faixa de ELF. Estas ondas, por sua vez, ao interagirem com o plasma magnetosférico podem ser amplificadas por instabilidades de plasma. Após serem amplificadas, estas ondas podem interagir com as partículas carregadas dos cinturões de radiação existentes na magnetosfera, levando estas partículas a se precipitarem na atmosfera, não retornando a magnetosfera.
Tal processo de perdas de partículas dos cinturões de radiação é considerado como o principal processo de perdas, afetando a morfologia dos cinturões a ponto de ser responsável pela formação da região que separa o cinturão interno do externo.