Notícia
Projeto de satélite universitário desenvolve novas competências e forma profissionais especializados
São José dos Campos-SP, 25 de janeiro de 2007
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são parceiros no desenvolvimento do Itasat, satélite que tem o objetivo de desenvolver a competência para a realização de experimentos tecnológicos com aplicação na área espacial. O projeto, do qual participam estudantes de Engenharia e Ciência da Computação, também tem a missão de aproximar o programa espacial das universidades, ao mesmo tempo em que contribui com a formação de novos profissionais, algo essencial tendo em vista a função estratégica das aplicações espaciais para o desenvolvimento do Brasil.
Ao INPE cabe a gerência técnico-administrativa do projeto e, ainda, a responsabilidade pela Engenharia de Sistema e seus requisitos operacionais. O ITA gerencia a cooperação universitária e a atuação dos alunos. A parceria com instituições acadêmicas permite que seja intensificada a divulgação da pesquisa e tecnologia associadas à área espacial e possibilita ainda a atração de talentos para o setor, declara Sebastião Varotto, coordenador do Programa de Satélites Científicos e Experimentos do INPE. Um projeto como este também possibilita o aproveitamento de inovações tecnológicas desenvolvidas no setor acadêmico, que poderão ser incorporadas, no futuro, a missões de caráter estritamente operacional, completa.
O Itasat está em fase inicial de desenvolvimento, porém seus estudos de viabilidade e análise de missão estão quase concluídos. Já estão sendo adquiridos componentes eletrônicos para construção de modelos de desenvolvimento de circuitos dedicados ao computador de bordo e sistema de potência.
A função operacional deste satélite universitário está relacionada ao Sistema Nacional de Coleta de Dados. Para isso, levará a bordo um transponder para transmissão de dados coletados pelas Plataformas de Coletas de Dados (PCDs). E a função experimental está ligada aos experimentos tecnológicos com aplicações na área espacial, nas especialidades de controle de atitude, computação, telecomunicações, geração e distribuição de potência, mecanismos e controle térmico, enumera Varotto.
Com cerca de 70 kg, o Itasat será um satélite de baixa altitude e órbita quase equatorial, o que significa estar a aproximadamente 750 quilômetros com inclinação de 25 graus. São características compatíveis às dos satélites de coleta de dados SCD-1 e SCD-2, desenvolvidos pelo INPE.
O Itasat está sendo projetado para uma vida útil de três anos em órbita e pode estar pronto para lançamento no final de 2009. O investimento total previsto é de aproximadamente R$ 5 milhões.
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