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Pesquisa mostra Brasil vulnerável às mudanças climáticas

por INPE
Publicado: Jan 08, 2007
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São José dos Campos-SP, 08 de janeiro de 2007

Imagem Pesquisa mostra Brasil vulnerável às mudanças climáticas

Em fevereiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) entregará ao Ministério do Meio Ambiente um importante estudo sobre os efeitos do desmatamento e do aquecimento global no Brasil. A pesquisa foi coordenada pelo Dr. José Antonio Marengo Orsini, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE. O trabalho começou há dois anos e deve seguir até 2010 para mostrar como ficará o clima no país nos próximos 100 anos.

“Na Amazônia poderá haver uma elevação de temperatura em até 8 graus e redução no volume de chuva em 20% caso se confirme o cenário mais pessimista”, adianta o pesquisador. Para evitar esta catástrofe, é preciso interromper o desmatamento desenfreado e controlar a poluição, entre outras medidas. Mesmo assim, no cenário mais otimista, a temperatura pode subir cerca de 5 graus até 2100 na Amazônia.

O estudo completo consiste de 6 relatórios, um sumário executivo e um atlas de mudança climática anual e sazonal para o Brasil considerando os cenários IPCC-A2 (pessimista) e IPCC-B2 (otimista). A pesquisa detalha as projeções para as regiões da Amazônia, Bacia do Prata, Pantanal e Nordeste e estará disponível na internet. Um site com os relatórios e as saídas dos modelos deve estar operacional no mês de fevereiro.

O investimento é de R$ 800 mil, custeados pelo Programa de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e pelo governo britânico, através do Global Opportunity Fund. Os resultados deste estudo são essenciais para o planejamento de ações futuras tendo como base as mudanças climáticas.

Os dados foram obtidos a partir de projeções dos modelos regionais do CPTEC/INPE combinadas com o modelo global do Hadley Centre, da Inglaterra. É a primeira vez que são utilizados modelos climáticos regionais, que foram desenvolvidos no próprio CPTEC/INPE. Até então os impactos das mudanças climáticas no Brasil eram desenhados tendo como base as projeções dos modelos globais. Por trabalharem com uma escala menor, os modelos regionais são capazes de fazer previsões mais apuradas, como a variação no volume de águas das bacias hidrográficas e na freqüência e intensidade das chuvas.


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