Notícia
Campanha de biomonitoramento da qualidade do ar entra em fase de análise de amostras
São José dos Campos-SP, 31 de agosto de 2006
Resultados parciais mostram alto índice de poluição em São Francisco Xavier
Desde junho deste ano, escolas particulares e da rede pública municipal e estadual participam da campanha de biomonitoramento da qualidade do ar da cidade de São José dos Campos, promovida por pesquisadoras do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Neste mês de setembro, o monitoramente, que conta com o apoio da Petrobras, entra em nova etapa, na qual serão analisadas amostras de plantas distribuídas em escolas e também em alguns postos de saúde da rede municipal. Duas espécies de plantas foram distribuídas em 38 pontos do município.
Para dar início a esta fase do projeto, nesta sexta-feira (01/09), será realizado o I Workshop Campanha de Biomonitoramento, no auditório do IAI, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, durante o período da tarde. Pesquisadoras do CPTEC/INPE expõem o projeto e apresentam as técnicas de análise das amostras das plantas a professores e representantes das secretarias municipais de Meio Ambiente e de Educação, e também da Secretaria de Educação do Estado.
O biomonitoramento, que conta com a parceria da UNICAMP e USP, está sendo realizado com as espécies de plantas Tradescantia pallida, conhecida como Coração Roxo, e Nicotiana tabaco, as duas sensíveis a diferentes poluentes atmosféricos, de origem industrial e veicular.
De acordo com as pesquisadoras Rauda Mariani e Maria Paulete, resultados parciais do biomonitoramento apontam que o grau de poluição na cidade de São José dos Campos é maior do que se imaginava. As plantas colocadas no distrito de São Francisco Xavier, por exemplo, que se acreditava estarem fora do alcance dos poluentes, também estão apresentando alterações genéticas características de regiões poluídas.
Durante o mês de setembro, os professores envolvidos no projeto serão treinados e receberão orientação para fazer a análise nas escolas, com a participação dos alunos. As instituições envolvidas poderão assumir o projeto a partir do final de setembro, quando as pesquisadoras encerrarão a fase de coleta de informações e passarão para a análise dos resultados.
A expectativa é de que os resultados possam ampliar o nível de conscientização da população para a necessidade de acompanhamento mais próximo da qualidade do ar da cidade, fazendo uso de uma rede completa de monitoramento. Atualmente, este tipo de medição é feito somente com uma estação da CETESB, em São José dos Campos.
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