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INPE coloca tecnologias de observação da Terra a serviço da Saúde Pública

por INPE
Publicado: Ago 18, 2006
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São José dos Campos-SP, 18 de agosto de 2006

Imagem INPE coloca tecnologias de observação da Terra a serviço da Saúde Pública

A saúde pública é uma das áreas que tem se beneficiado das tecnologias para observação da Terra, como o sensoriamento remoto por satélites. Durante o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública e o 8º Congresso Brasileiro de Saúde Pública, de 21 a 25 de agosto no Rio de Janeiro, haverá um painel para discutir como os dados coletados através destas novas tecnologias podem se transformar em informação vital para a sociedade. Coordenado pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), principal órgão de meteorologia do mundo, o painel contará com a participação do Dr. Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

No dia 22 (terça-feira), às 9 horas, no pavilhão 5 do Riocentro, o painel “A perspectiva GEOSS: os dados certos, no momento certo, para tomar as decisões certas” irá falar das iniciativas do Group on Earth Observations (GEO), que lidera um trabalho global para a montagem de um Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra (GEOSS - Global Earth Observation System of Systems) nos próximos dez anos. O GEO envolve 64 países, a Comissão Européia e 43 organizações internacionais, e defende que a avaliação da situação da Terra requer a observação contínua e coordenada de nosso planeta em todas as escalas.

O GEOSS trabalhará com sistemas nacionais, regionais e internacionais, além de utilizá-los como base para fornecer observações abrangentes e coordenadas da Terra provenientes de milhares de instrumentos em todo o mundo. É neste contexto que entra a saúde pública, pois uma melhor compreensão de fatores ambientais é decisiva para a implantação e sucesso de políticas públicas para o setor.

A incidência da malária, por exemplo, cresce dramaticamente durante eventos extremos do tempo, assim como as epidemias que ocorrem em regiões da América do Sul, África e Ásia. Além da saúde pública, o GEOSS será importante para o estudo de tempo e clima, prevenção de desastres naturais, com especial benefício aos setores de energia e agricultura. “O GEOSS servirá para ‘examinar’ o planeta, contribuindo para a sua compreensão científica. O objetivo é colocar o GEOSS para trabalhar em benefício de todos os povos”, diz o vice-almirante Conrad C. Lautenbacher, secretário da NOAA, que fará uma palestra sobre o sistema GEOSS e sua utilidade para prevenção de desastres na mesma terça-feira (22), às 15 horas, no pavilhão 4 do Riocentro.

O Brasil tem um papel relevante no contexto do GEO, considerando que seu programa espacial apresenta forte componente de observação da terra. “Temos um programa que inclui sensoriamento remoto e estudos climáticos, com capacidade científica e tecnológica própria na construção de software para estações de recepção, tratamento de dados e para desenvolvimento de modelos meteorológicos, hidrológicos, e de mudanças de uso da terra”, destaca Gilberto Câmara, diretor do INPE.

O Brasil é membro do conselho executivo do GEO, composto de 13 países, e está responsável pela área de “Capacity Building”. “Esta atribuição de responsabilidade é um reconhecimento ao trabalho do Brasil na formação nacional e internacional de especialistas em sensoriamento remoto, e também em sua liderança na tecnologia de software livre para sensoriamento remoto e geoinformação”, conclui o diretor do INPE.

Modelo brasileiro
Também no dia 22 de agosto, às 15 horas no pavilhão 4 do Riocentro, o painel “Geoprocessamento e as Práticas de Saúde Pública” falará das reais necessidades de implantação de sistemas de vigilância para o setor. “Esperamos demonstrar a necessidade urgente de olhar para soluções tecnológicas que criem as condições necessárias para sua inserção como pontes entre a pesquisa e o serviço em programas operacionais para saúde pública”, informa o Dr. Miguel Vieira Monteiro, pesquisador do INPE que na palestra “Geotecnologias, Território e Vigilância em Saúde: Notícias do Fronte” apresentará um modelo para tratar as tecnologias da informação espacial e suas aplicações em saúde pública no contexto brasileiro.

O evento
O 11º Congresso Mundial de Saúde Pública e o 8º Congresso Brasileiro de Saúde Pública reunirão cerca de dez mil participantes no Riocentro. Trata-se do maior evento nesta área já realizado na América Latina. Confirmaram presença autoridades nacionais e internacionais, pesquisadores, gestores e profissionais de saúde para trocar experiências e debater questões e políticas, possibilitando um intercâmbio valioso em troca de experiências. O tema principal é “Saúde coletiva em um mundo globalizado - Rompendo barreiras sociais, econômicas e políticas”. Outras informações e programação completa no site http://www.saudecoletiva2006.com.br


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