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INPE e indústria nacional testam nova câmera do CBERS

por INPE
Publicado: Jun 12, 2006
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São José dos Campos-SP, 12 de junho de 2006

Imagem INPE e indústria nacional testam nova câmera do CBERS

Os CBERS-3 e 4, a segunda geração dos satélites desenvolvidos pelo Brasil em cooperação com a China, terão duas de suas quatro câmeras imageadoras produzidas no País. Uma delas, a MUX, passa por seus primeiros testes no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia responsável no Brasil pelo Programa CBERS - Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres.

A MUX é uma câmera multiespectral de 20 metros de resolução, destinada ao monitoramento ambiental e gerenciamento de recursos naturais. Esta câmera está sendo totalmente desenvolvida no Brasil pela Opto Eletrônica, empresa de São Carlos (SP) que venceu a licitação promovida pelo INPE, em 2004. Desde então, a Opto formou um time com cerca de 20 profissionais, principalmente engenheiros e físicos.

“Trata-se da primeira câmera no gênero inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil”, informa Mario Selingardi, engenheiro do INPE responsável técnico pelo contrato da MUX. “É um grande desafio tecnológico que o Instituto proporciona à indústria nacional”, completa.

O desenvolvimento de uma câmera como esta tem diversas fases, desde sua especificação pelos técnicos do INPE e discussão do projeto com a empresa contratada, passa por séries de testes e avaliações até a qualificação dos sistemas.

Na primeira semana de junho, foram realizados testes de choque e vibração, para avaliar como a câmera se comportará com o lançamento do satélite. Nos próximos dias, será a vez dos testes térmicos, imprescindíveis na medida em que a variação da temperatura do equipamento em órbita vai de –10ºC a +45ºC. “Este é o primeiro ensaio ambiental do modelo inicial. Os testes servem para verificar quanto já atingimos em cada especificação e o que devemos aprimorar”, explica Sérgio Henrique Evangelista, engenheiro da Opto.

O desenvolvimento da MUX começou há cerca de um ano e meio e, até a sua conclusão, que deve levar pelo menos mais dois anos, os ensaios ambientais deverão ser repetidos várias vezes para testar seus diversos sistemas, como o modelo estrutural da câmera, o modelo térmico, o de engenharia, etc. “Os testes são rigorosos porque é preciso garantir todos os parâmetros de desempenho. Estamos acompanhando bastante de perto o trabalho da Opto. O engajamento da equipe é muito forte e nos dá segurança de uma boa performance”, declara Mario Selingardi.

Todos os ensaios são realizados no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE, em São José dos Campos. A MUX será embarcada no CBERS-3, que tem lançamento previsto para 2008, e no CBERS-4, satélite idêntico ao anterior que deve ir ao espaço em 2010.

Teste de vibração realizado no LIT


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