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Satélite meteorológico da NOAA dará melhor cobertura à América do Sul

por INPE
Publicado: Mai 31, 2006
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São José dos Campos-SP, 31 de maio de 2006

Imagem Satélite meteorológico da NOAA dará melhor cobertura à América do Sul

No dia 1° de junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera), dos Estados Unidos, e os serviços meteorológicos de vários paises sul- americanos, discutem o deslocamento da órbita do satélite geoestacionário e meteorológico GOES-10, operado pela instituição norte-americana, para garantir uma melhor cobertura da América do Sul. As imagens e dados deste satélite já são fornecidos sistematicamente a instituições de pesquisa e de previsão meteorológica do país, como o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do INPE. No entanto, em determinados momentos, vem ocorrendo a perda de regularidade no fornecimento de imagens para a América do Sul.

Quando fenômenos meteorológicos de grande impacto surgem no hemisfério Norte, como os furacões que afetam a costa leste dos Estados Unidos, a NOAA costuma priorizar o monitoramento destes eventos, otimizando a capacidade de observação de seus satélites. Com isso, os satélites que cobrem a América do Sul e América Latina, como os da série GOES, ao invés de fornecerem imagens a cada 30 minutos, passam a gerar a cada 3 horas.

A possibilidade de melhorar a cobertura da América do Sul vem sendo discutida desde o final de 2004 entre os especialistas do CPTEC/INPE e da NOAA. Com o sucesso do lançamento do GOES-13 no mês de maio e com a continuidade das operações do GOES-12 para complementar a cobertura do hemisfério Norte, a NOAA deverá colocar a disposição o GOES-10 com total dedicação à cobertura da América do Sul. Desta forma, deverá ser ampliada a resolução temporal da cobertura do continente, que passará a ter imagens a cada 15 minutos.

Outra novidade será a geração de uma extensa gama de dados meteorológicos. O satélite passará a fornecer o perfil vertical da temperatura e umidade da atmosfera a cada uma hora. Estas melhorias deverão resultar, principalmente, no aperfeiçoamento do monitoramento e das previsões de tempo. Estas mudanças, no entanto, deverão ser implementadas somente a partir de outubro deste ano, quando o GOES-10, após ser deslocado para uma órbita na latitude de 60 graus, estará pronto para ser operado nesta nova configuração.

O encontro técnico com a NOAA, amanhã, estará acontecendo no âmbito do GEOSS (Sistema de Sistemas de Observação Global da Terra), coordenado pelo Grupo de Observação da Terra (GEO) que reúne vários países com o objetivo de implementar um sistema global de observação da Terra. O evento conta com a participação de instituições brasileiras e sul-americanas de meteorologia e será realizado no Hotel Mercure, em São José dos Campos.


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