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INPE participa da COP8

por INPE
Publicado: Mar 28, 2006
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São José dos Campos-SP, 28 de março de 2006

Imagem INPE participa da COP8

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ao lado dos demais órgãos do Ministério da Ciência e Tecnologia com ações voltadas ao meio ambiente, está apresentando alguns de seus projetos na 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), que acontece até sexta-feira (31) no Expo Trade de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Estão em exposição uma maquete do CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) e painéis sobre o monitoramento da Amazônia Legal, a participação na Antártica e em outros importantes projetos, como o LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia e no GEOMA - Rede Temática de Pesquisa em Modelagem da Amazônia.

No sábado (25), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou o esforço inter-ministerial no combate ao desmatamento, visando uma fiscalização mais eficiente. Uma importante ferramenta para isso é o Deter – Sistema de Detecção do Destamatamento em Tempo Real, desenvolvido pelo INPE para municiar os órgãos ambientais com dados de possíveis locais de derrubada de árvores, com base em imagens de satélites.

“O combate ao desmatamento precisa de ações de todos os segmentos governamentais e da sociedade para ser efetivo. É preciso agir de forma integrada”, disse Marina Silva, durante a abertura do “Brazilian Day”, evento da programação paralela da COP8 totalmente dedicado ao Brasil e que apresentou experiências bem-sucedidas e políticas públicas dos ministérios do Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, bem como do governo do Paraná.

Mapeamento completo

Ainda no sábado dedicado ao Brasil na COP8, o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério da Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, anunciou que o país terá o primeiro mapeamento completo da sua cobertura vegetal nativa até o fim do ano.

"Hoje só conseguimos mapear o desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica", afirmou Capobianco, destacando que o país já tem mais de 90% da Amazônia, doPantanal e da caatinga mapeados. Além de considerar todos os biomas brasileiros, outra novidade do mapeamento é que ele levará em consideração áreas de vegetação secundária.

"A metodologia hoje adotada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que monitora o desmatamento na Amazônia, mede apenas novos desmatamentos.

Ela não consegue perceber as áreas desmatadas que se recuperaram. A gente vai avaliar qual o grau de alteração dessa vegetação primária, quando acontece o reflorestamento", explicou Capobianco.

A análise está sendo baseada em imagens de satélite referentes a 2002, como vem sendo feito pelos pesquisadores da Divisão de Sensoriamento Remoto do INPE no Projeto Panamazônia, que já preparou um mapa contendo a distribuição espacial de toda floresta tropical úmida da América do Sul.

"A idéia é que esse seja o ano zero do levantamento. Dependendo da aceitação da sociedade, poderemos ter periodicidade nesse trabalho. O ideal é que o estudo fosse refeito a cada dois ou três anos", conclui Capobianco.

Estudantes observam a maquete do CBERS no estande do INPE


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