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No Dia Meteorológico, OMM promove ‘cultura de prevenção’ contra desastres naturais

por INPE
Publicado: Mar 22, 2006
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São José dos Campos-SP, 22 de março de 2006

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), organismo da ONU, o ano de 2005 foi marcado por secas prolongadas em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. A Malásia sofreu a pior seca da última década. Inundações ocorreram em várias partes do mundo. Números recordes de furacões devastadores foram registrados no Oceano Atlântico, no hemisfério norte. No final de 2004, no dia 26 de dezembro, a devastação provocada pelo Tsunami, na Ásia, no Oceano Índico, atingiu proporções poucas vezes registradas na história da humanidade. No Brasil, o ciclone Catarina, em março de 2004, deixou a comunidade científica apreensiva quanto à ocorrência de novos eventos do gênero.

Para este ano, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) elegeu o tema “Prevenção e Mitigação dos Desastres Naturais” para celebrar, amanhã (23/03), o Dia Meteorológico Mundial. A escolha do tema, segundo a OMM, foi feita pelo fato de que 90% dos desastres naturais estão relacionados a fenômenos do tempo, clima e das águas. A escolha também levou em consideração o papel da OMM e dos Serviços Nacionais de Meteorologia e Hidrologia (SNMH), em todo o mundo, na contribuição para a prevenção e mitigação de danos provocados por estes fenômenos. No contexto da implementação da Declaração do Milênio, da ONU, a OMM está promovendo a “cultura de prevenção”, em parceria com instituições nacionais de todo o planeta.

No Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, o dia será lembrado reunindo representantes das diversas entidades meteorológicas do País. Durante a celebração, será lida a mensagem do secretário geral da OMM, Michel Jarraud, e o pesquisador Carlos Nobre ministrará uma palestra abordando o tema “Desastres Naturais”. Além das previsões de tempo e clima e dos avisos de alerta emitidos sistematicamente a diversos órgãos nacionais que atuam na mitigação de eventos extremos, o CPTEC/INPE está propondo um projeto interinstitucional de monitoramento e alerta para desastres naturais.

Segundo dados da OMM, no período de 1992 a 2001, os desastres naturais ocorridos em todo o mundo afetaram a vida de 2 bilhões de pessoas, provocando a morte de outras 622 mil. As perdas econômicas causadas pelos desastres hidrometeorológicos foram estimadas em 446 bilhões de dólares, para este período, o que representou 65% das perdas totais das atividades produtivas.

Entre os principais eventos extremos registrados pelo CPTEC/INPE, durante o ano de 2005, estão a seca no Amazonas, em outubro, que levou o governo do estado a decretar estado de calamidade pública. Mais da metade dos municípios do estado foi afetada. O Rio Grande do Sul passou por um extenso período de seca, de dezembro de 2004 a fevereiro de 2005, provocando quebra na safra do milho e feijão, entre outros prejuízos. Também foram registradas chuvas intensas e ventos fortes em diferentes épocas do ano, atingindo quase todas as regiões do País, principalmente as regiões Sul e Sudeste.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, as chuvas do dia 25 de maio foram as mais intensas desde 1943, segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Ocorreram alagamentos, desmoronamentos, deixando vários desabrigados e o registro de seis mortes. Nesta mesma época, foi registrado um tornado em Indaiatuba (SP). Um mês depois, em junho, outro tornado deixou um rastro de destruição em Macaé (RJ).


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