Notícia
INPE avalia prejuízos causados por raios
São José dos Campos-SP, 15 de janeiro de 2007
Cada raio causa ao país um prejuízo de cerca de 20 reais. Esta é a conclusão do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que realizou um estudo junto às empresas do setor elétrico, telecomunicações, seguro, equipamentos eletro-eletrônicos, construção civil, aviação, agricultura, pecuária, entre outras, concluindo que os raios causam prejuízos anuais de aproximadamente um bilhão de dólares.
O maior prejudicado é o setor elétrico com a queima de equipamentos, perda de faturamento, aumento das despesas de manutenção e penalizações. Seu prejuízo está avaliado em cerca de 600 milhões de reais, seguido pelas empresas de telecomunicações, com cerca de 100 milhões de reais, e as empresas seguradoras e de eletro-eletrônicos, com cerca de 50 milhões de reais cada. Considerando que no país ocorrem cerca de 60 milhões de raios por ano, em média cada raio representa um prejuízo de 10 reais ao setor elétrico.
Ainda que no Brasil ocorram aproximadamente o dobro de raios do que nos Estados Unidos, seu prejuízo com o fenômeno é bem menor, cerca de dois bilhões de dólares. A maior diferença entre o Brasil e os Estados Unidos está nos prejuízos associados às queimadas causadas por raios, que nos Estados Unidos são maiores que no Brasil.
Estudo avalia impacto do El Niño sobre os raios
Outro estudo realizado nos últimos quatro meses pelo ELAT/INPE mostra que o atual fenômeno El Niño tem causado um aumento de 15% na incidência de raios na região Sul do país, com efeitos não evidentes nas outras regiões.
Na região Nordeste a incidência de raios não tem variado em comparação com o mesmo período do ano passado. E nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste a incidência de raios tem sido em média 10% menor do que no ano passado, porém tais variações não podem ser atribuídas diretamente ao fenômeno El Niño, neste ano de fraca intensidade.
Em todo o país ocorreram cerca de 21 milhões de raios nos últimos quatro meses, enquanto no mesmo período do ano passado foram registrados 23 milhões.
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