Notícia
CPTEC comemora 10 anos nesta segunda-feira
São José dos Campos-SP, 14 de outubro de 2004
Centro de pesquisa e de previsões equipara-se aos mais modernos do mundo
O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), celebra na próxima segunda feira, 10 anos de funcionamento e operação. A solenidade contará com a presença de autoridades e pesquisadores da área de ciência e tecnologia, da meteorologia, além de políticos da região.
Durante a cerimônia, com início para as 10 horas, nesta segunda-feira (18/10), na sede do centro de pesquisa e previsão, em Cachoeira Paulista, serão homenageados idealizadores, pioneiros e ex-coordenadores. Ainda durante a semana, entre os dias 19 e 20, como parte da programação do aniversário, serão realizados o Seminário dos Usuários das Previsões Numéricas de Mudanças Climáticas e seus Impactos Regionais, evento voltado aos usuários das previsões de clima, e, nos dias 21 e 22, o centro abre suas portas à visitação (mais informações no site: www.cptec.inpe.br).
O CPTEC começou a ser idealizado em meados dos anos 80, quando pesquisadores e o próprio governo brasileiro tomaram consciência da necessidade de o País sair do atraso na previsão de tempo. Nesta época, países mais avançados já dominavam há anos metodologias de previsão meteorológica com uso de supercomputadores.
Meteorologia de primeiro mundo - Com a inauguração do CPTEC, em novembro de 1994, houve uma rápida e contínua modernização da meteorologia brasileira. Atualmente, o Brasil iguala-se aos países mais avançados na previsão de tempo e, principalmente, na previsão climática, área de atividade restrita a um seleto grupo de oito países.
Antes da criação do CPTEC, as previsões de tempo eram fornecidas para até um dia e meio de antecedência, com índice de 60% de acerto. Hoje as previsões são geradas para até três dias, com 90% de acerto. A tendência, com a operação da terceira geração de supercomputadores do CPTEC, é de que as previsões alcancem períodos mais longos, mantendo a confiabilidade.
A constante atualização do sistema computacional tem permitido não somente previsões mais confiáveis, mas também de melhor qualidade para microrregiões. O modelo regional passará a ter uma resolução de 20 quilômetros, contra os atuais 40 quilômetros. Isto significa ter capacidade para gerar previsões de tempo com maior grau de detalhamento para cidades próximas, como São Paulo e cidades da região do Grande ABC.
As previsões climáticas, fornecidas com até três meses de antecedência, também têm demonstrado importância estratégica no planejamento de atividades econômicas e sociais. A previsão de eventos naturais, como El Nino ou La Niña, que provocam chuvas intensas e seca para regiões diferentes do País, tem subsidiado governos de diferentes esferas em ações de mitigação para danos materiais e perdas humanas.
Com o supercomputador SX-6, da NEC, adquirido recentemente, inicia-se uma nova etapa na pesquisa e na previsão climática. Uma das principais expectativas é a possibilidade de se rodar modelos que projetem diferentes cenários climáticos para até 100 anos, a partir da simulação de diferentes situações ambientais. No caso da Amazônia será possível inferir como será o clima desta região com o avanço do desmatamento. Mais informações
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