Notícia
INPE comemora 20 anos de seu Laboratório de Ozônio
São José dos Campos-SP, 12 de setembro de 2005
O Laboratório de Ozônio do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, completa em setembro 20 anos de funcionamento e avanços em pesquisas. Hoje, o laboratório participa de programas significativos em sua área de atuação, como o Ano Polar Internacional e o Ano Heliofísico Internacional - ambos campanhas internacionais que abordarão temas ligados às mudanças climáticas, e que acontecem em 2007.
Nestes 20 anos, um dos momentos de destaque do laboratório ocorreu em 1995, quando seus pesquisadores detectaram o aparecimento do buraco da camada de ozônio, sobre a América, em Punta Arenas (Chile).
O INPE iniciou estudos sobre o ozônio em 1974, quando o pesquisador Y. Sahai trouxe para o Brasil o primeiro instrumento de medição - o Dobson - instalado na unidade de Cachoeira Paulista. Em 1985, Dr. Volker Kirchhoff, pesquisador da Divisão de Geofísica (DGE) do INPE, funda em São José dos Campos o Laboratório de Ozônio, que permite ao Brasil gerenciar seus dados, até então coletados e repassados para a Organização Mundial de Metereologia. Hoje, o laboratório conta com uma infra-estrutura que se estende pelas unidades do INPE em Natal (RN), Cachoeira Paulista (SP), Cuiabá (MT) e Santa Maria (RS), além de La Paz (Bolívia) e Punta Arenas (Chile).
Dentre as atividades do Laboratório de Ozônio estão a medição da radiação ultravioleta (RUV) e da camada de ozônio em várias latitudes brasileiras - o que contribui para a avaliação da camada global - e estudos das queimadas e da emissão dos gases do efeito estufa. Seus pesquisadores interagem e realizam trabalhos em conjunto com profissionais de outras áreas, como a Biologia, a fim de analisar o impacto da RUV em seres vivos e plantas.
"O Laboratório de Ozônio é responsável pela formação e capacitação de profissionais e cientistas, que atualmente gerenciam o estudo do ozônio e da radiação ultravioleta (RUV) em outros laboratórios, como o da Universidade de Magallhães, em Punta Arenas", destaca a Dra. Neusa Paes Leme, que trabalha com Dr. Kirchhoff desde 1997.
Os 20 anos do Laboratório de Ozônio do INPE coincidem com os 20 anos de monitoramento da camada de ozônio, que serão comemorados durante a Convenção Internacional de Viena, ainda este mês. Pesquisadora da DGE do INPE, a Dra. Neusa Paes Leme participa com a apresentação de relatório científico sobre os resultados e a contribuição do laboratório no cenário mundial.
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