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Eugene Parker é homenageado no INPE

por INPE
Publicado: Mar 24, 2014
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São José dos Campos-SP, 24 de março de 2014

Um dos mais conceituados astrofísicos do mundo, Eugene Parker foi homenageado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O diretor Leonel Perondi destacou o trabalho pioneiro do cientista no campo da reconexão magnética, conhecimento inicialmente aplicado a estudos sobre explosões solares e estendido a pesquisas sobre vento solar e a magnetosfera terrestre.

 “Este importante tema científico foi aplicado a várias áreas de pesquisa em plasmas espaciais, bem como outros cenários astrofísicos”, disse o diretor do INPE, que destacou ainda a reputação internacional do Instituto nas áreas de física e clima espacial, estudos da magnetosfera e tempestades geomagnéticas, entre outros tópicos no campo da geofísica espacial.

Perondi entregou a Engene Parker uma medalha em reconhecimento à atuação do cientista. A homenagem aconteceu durante a abertura do Parker Workshop on Magnetic Reconnection, realizado entre os dias 18 a 21 de março na sede do INPE, em São José dos Campos (SP).

Confira aqui o discurso do diretor Leonel Perondi.

Durante o evento, que contou com a participação de 140 pesquisadores do Brasil e do exterior, foram apresentadas pesquisas sobre reconexão magnética e as perspectivas para a Magnetospheric Multiscale Mission (MMS), que será lançada em outubro pela agência espacial americana (NASA) para estudar a magnetosfera da Terra.

Eugene Parker

Responsável por estabelecer novas perspectivas no estudo do vento solar e outros fenômenos espaciais, Eugene Parker é pioneiro nos estudos da física solar, magnetosfera terrestre e da reconexão magnética.

Nascido em junho de 1927, Eugene Parker é astrofísico solar formado em Física pela Universidade Estadual de Michigan em 1948, tendo obtido em 1951 seu Ph.D. na Caltech. Em 1958, Parker desenvolveu uma teoria prevendo a existência de um fluxo supersônico contínuo de partículas sendo emitido pelo Sol, o que se conhece hoje como "vento solar".

Sua explicação teórica opunha-se à ideia existente na época, a qual considerava que havia fluxos de partículas esporádicos oriundos do Sol, tidos então como as causas das tempestades geomagnéticas. Sua ideia, de um vento solar contínuo, chegou a ser desacreditada até a confirmação observacional de sua existência em 1960, por meio das sondas soviéticas Lunik 2 e Lunik 3 e, mais tarde, em 1962, pela sonda americana Mariner 2.

Recebeu várias condecorações ao longo de sua carreira, como a "Gold Medal of the Royal Astronomical Society”, em 1992; a “Bruce Medal”, em 1997, da Sociedade Astronômica do Pacífico; o Prêmio Kyoto, em 2003, concedido pela Fundação Inamori do Japão; e o Prêmio James Clerk Maxwell, em 2003, da Sociedade Americana de Física.


 
Eugene Parker, pioneiro nos estudos da física solar, magnetosfera terrestre e da reconexão magnética


Walter Gonzalez, pesquisador do INPE que coordenou o evento, e o diretor Leonel Perondi


Eugene Parker exibe a medalha entregue pelo diretor Leonel Perondi


Eugene Parker profere palestra de abertura


Renomados cientistas de vários países participaram do “Parker Workshop on Magnetic Reconnection”


Participantes do Parker Workshop on Magnetic Reconnection


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