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DETER indica que 313 km² foram desmatados em junho na Amazônia

por INPE
Publicado: Ago 02, 2011
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São José dos Campos-SP, 02 de agosto de 2011

Imagem DETER indica que 313 km² foram desmatados em junho na Amazônia

Dados do DETER, sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indicam que 312,69 km² da Floresta Amazônica sofreram corte raso ou degradação progressiva no último mês de junho. Na tabela abaixo, a distribuição por Estado do desmatamento verificado por satélites neste período.

Pará
119,63 km²
Mato Grosso
81,54 km²
Rondônia
64,15 km²
Amazonas
41,68 km²
Maranhão
5,16 km²
Tocantins
0,53 km²
Total
312,69 km²

No mapa abaixo os pontos amarelos mostram a localização dos alertas emitidos pelo DETER. Em rosa, as áreas não monitoradas devido à cobertura de nuvens, que foi de 21% em junho.



Alerta

Em operação desde 2004, o DETER é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais ou bimestrais, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente ao Ibama, responsável por fiscalizar as áreas de alerta.

O DETER utiliza imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à eventual cobertura de nuvens.

A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.

Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo DETER.

A cada divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta também um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados relativos ao DETER, são públicos e podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter .


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