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Atlas indica áreas sensíveis a vazamentos de óleo na Bacia de Santos

por INPE
Publicado: Jun 12, 2008
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São José dos Campos-SP, 12 de junho de 2008

Imagem Atlas indica áreas sensíveis a vazamentos de óleo na Bacia de Santos

Depois de dois anos e meio de estudos e trabalhos de campo, ficou pronto o “Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo da Bacia Marítima de Santos”. São mapas que localizam as áreas com prioridade de proteção a acidentes com derramamento e facilitarão ações para barrar o avanço das manchas de óleo ou minimizar seu impacto. Foram identificadas praias, áreas de proteção ambiental, pesqueiros, rotas migratórias, além das espécies da flora e da fauna e características como correntes marítimas, ventos, entre outras.

A Bacia de Santos é a mais importante do país em volume de operações petrolíferas, complexidade dos ecossistemas envolvidos e no aspecto socioeconômico. Foi o maior mapeamento desta natureza já realizado, contemplando mais de 1.300 km de litoral nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Publicado pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o Atlas é resultado do projeto “Mapeamento da Sensibilidade Ambiental ao Óleo da Bacia Sedimentar Marítima da Bacia de Santos”, coordenado pelo pesquisador Douglas Gherardi, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Imagens de satélites foram empregadas no mapeamento dos habitats costeiros e na atualização das informações cartográficas, incluindo a identificação de feições sedimentares, de recursos biológicos e socioeconômicos. “Esta base cartográfica gerada a partir de dados orbitais é imprescindível para orientar os trabalhos de campo e permitir o registro acurado de todos os recursos da Bacia”, diz o pesquisador do INPE.

Cada área teve determinado o seu Índice de Sensibilidade Ambiental (ISA), que considera as características físicas (praias arenosas, restingas, dunas e costões rochosos), da fauna e flora e das atividades socioeconômicas (turismo, pesca, transporte de cargas marítimas, aqüicultura e extrativismo costeiro). Estão representadas nos mapas as praias de intenso uso recreacional, marinas, áreas de proteção ambiental, sítios de mineração e sítios arqueológicos sempre que localizados em áreas que possam ser afetadas por um derramamento de óleo.

O Atlas reúne uma série de Cartas de Sensibilidade Ambiental a Derramamentos de Óleos (Cartas SAO), como são chamados os documentos cartográficos usados no planejamento de contingência, na avaliação geral de danos e na implementação de ações de resposta a incidentes de poluição por óleo na zona costeira e nas áreas marítimas.  Este tipo de mapa é utilizado por governos, portos e empresas de petróleo nos trabalhos de resposta emergencial, contenção e limpeza, minimizando os danos ao meio ambiente em casos de vazamentos.

As Cartas SAO servem para identificar, localizar e definir as áreas ecologicamente sensíveis à poluição por óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas. Imprescindíveis ao planejamento de contingência, as Cartas SAO atendem desde grandes vazamentos em áreas oceânicas remotas a derrames de menor porte como lançamentos crônicos em portos e terminais portuários. Além da produção do Atlas, todas informações sobre os ambientes costeiros e as atividades humanas foram inseridas em um Banco de Dados Geográficos Digital, permitindo a consulta e a atualização das informações espaciais com agilidade.

Confira aqui a Carta Operacional da Bacia de Santos, um dos mapas que compõem o Atlas.


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